Já aceleramos o Golf GTI que chega em 2014
Nem bem cheguei ao hotel e o pessoal da Volkswagen me esperava com uma notícia. “Quer acelerar outro carro?”, mandaram. “Bem, vim à apresentação do GTI, mas não o dirigi o bastante”, respondi – havia percorrido menos de 10 km que separavam o hotel do aeroporto onde um “Gran Turismo Injection” de sétima geração me esperava. “Estamos falando de um GTI diferente”, disse o engenheiro, apontando um impecável Golf GTI Mk1 de 1976.
Esqueci da minha bagagem e me aproximei do “meu” carro. Branco (igual ao Mk7 do trajeto do aeroporto), impecável, com apliques de plástico nos para-lamas. O típico estofamento xadrez (uma marca dos GTI) e um estado de conservação como se tivesse saído da fábrica.
Liguei o carro e o motor se manteve em 2.000 rpm por algum tempo até que atingiu a temperatura ideal. Este era o motor de 1976 com 110 cv, logo foi substituído por um 1.8. O câmbio é curto e preciso, como o do modelo atual. Acelerei e comecei a sentir o ruído do motor na cabine. Há 37 anos o isolamento acústico não era prioridade de um carro. A direção é direta, a suspensão é firme e há tecnologias inovadoras para a época, como a luz no painel que indica a hora certa de trocar de marcha para economizar combustível.
Fui até a praia e dei uma volta pelo centro de Saint Tropez, na França. Não é raro encontrar russos (são os donos da cidade) com Lamborghini e Ferrari. Mas veja bem, eu estava a bordo de um produto do museu da VW, com apenas 160.000 km e todo reluzente.